Noruega proíbe o óleo de palma que causa desflorestamento no habitat dos orangotangos


Em 2016, o país nórdico tornou-se o primeiro a banir o desmatamento em seu território, para atingir a meta, as autoridades tomaram uma série de medidas sobre importações e compras, exercendo controles sobre doações, contratos e investimentos nacionais com empresas que tinha laços com o desmatamento. Além do compromisso de todos os noruegueses de que todos os produtos no mercado tenham uma linha de produção "limpa".

Desta vez, o progresso é enorme, já que este ano se aprovou a norma que exige que as empresas produtoras de biocombustíveis garantam que o óleo de palma que compram é sustentável e não gera impacto sobre o meio ambiente, essa medida será aplicada primeiro Janeiro de 2020

"A decisão do Parlamento norueguês estabelece um precedente importante para outros países e destaca a necessidade de uma séria reforma da indústria global de dendezeiros", disse Nils Hermann Ranum, do grupo de conservação Rainforest Foundation Norway, após a decisão.

"Esta é uma vitória para as florestas e para o clima", acrescentou.
No entanto, as declarações das indústrias de palma não demorou muito a chegar, eles acreditam que a medida é desproporcional e comenta através de Teresa Kok, o ministro da Agricultura e Indústria da Malásia que este novo regulamento é "injusto, pois vai Contra o livre comércio. Certamente é algo que levaremos muito a sério ”.

A ministrA está bastante preocupadA, já que a medida deixa em risco as negociações do acordo de livre comércio entre a União Européia e seu país.

Darrel Webber, o Executivo da Rodada de Óleo de Palma Sustentável, disse que pede à Noruega "para não ser cegado pelo sentimentalismo". "Em vez disso, deve desenvolver análises objetivas, para que suas boas intenções para reparar esse problema cause maiores danos em outros lugares.”

Uma ameaça para as florestas
O crescimento da indústria do óleo de palma, bovina e soja são os principais propulsores do desmatamento no planeta.

A situação é bastante preocupante: em setembro do ano passado, a organização Greenpeace revelou um documento no qual 25 empresas exportadoras de óleo de palma estariam ligadas a marcas internacionais, que seriam os principais culpados pelo desaparecimento de 1.300 quilômetros quadrados de floresta na Indonésia, lugares chave para a sobrevivência do orangotango.
Algumas dessas empresas, iriam adquirir óleo de palma africano de produtores de origem duvidosa que em sua maioria cortam e queimam a floresta, além de invadir as aldeias nativas da região.

Depois de divulgar as reclamações feitas pelo Greenpeace, a Wilmar, uma das maiores empresas de comercialização de óleo de palma do planeta, prometeu que até 2020 sua cadeia de fornecimento estaria completamente limpa.

Apesar do pronunciamento da empresa, houve fortes protestos, pois não estava claro como isso seria feito e que medidas seriam tomadas.